segunda-feira, 5 de dezembro de 2011

Ética e Barbárie

Envergonha o povo brasileiro o apoio explícito ou discreto que o governo federal vem oferecendo a ditadores.

Submetidos com frequência rotineira a uma saraivada de informações, estamos perdendo a capacidade de nos horrorizar. É o que chego a temer quando me deparo, por exemplo, com o que acontece hoje na Síria. E não só ali. Quando a violência se banaliza, adormece em nossa consciência moral a necessária reação a ela.

Entre a inércia e o pesadelo, só eventualmente somos despertados pela urgência de um gesto, mínimo que seja, de solidariedade e de comiseração pelo destino dos que são vítimas da barbárie.

No caso da Síria, país onde estão fincadas as raízes de tantos de nossos compatriotas, a camada de autoproteção emocional que nos distancia das tragédias alheias foi rompida na semana passada pelo vigoroso relatório da Comissão Internacional Independente criada pelo Conselho de Direitos Humanos das Nações Unidas.

O que está descrito no relatório, minuciosamente documentado, é uma sacolejada contra toda e qualquer atitude de não envolvimento.

Execuções sem julgamento, assassinatos de crianças, torturas, estupros, prisões arbitrárias, sumiço de adversários são instrumentos costumeiros de uma indiscriminada política de terror.

Civis, desertores do Exército e das forças de segurança, refugiados -223 pessoas, ao todo- arrolaram, para a ONU, um sinistro repertório de violações dos direitos humanos.

Ditadores em sua sanha pelo poder absoluto, ao cometer arbitrariedades contra cidadãos do seu país, transformam seus delitos em crimes contra a humanidade. Atos bárbaros ultrajam a consciência coletiva, alertou a Declaração Universal dos Direitos Humanos, promulgada em 1948 pela ONU.

A partir daquele momento, aberrações como Hitler e Stalin deixavam, definitivamente, de serem acobertadas pelo manto protetor de uma pretensa soberania nacional e passavam a desafiar o silêncio perplexo daqueles para quem a resistência à uma tirania distante se reveste sempre de um senso de inutilidade.

O governo brasileiro parece estar se dando conta disso. Diante da atrocidade, próxima ou distante, ser neutro é ser cúmplice. No minueto da política exterior, o Brasil tem dançado de lado.

Já que o presidente da Comissão Independente para a Síria, em Genebra, é um brasileiro -o competente diplomata Paulo Sérgio Pinheiro, ex-secretário de Estado para os Direitos Humanos no governo Fernando Henrique Cardoso- é até possível que o governo do PT consiga enfim entender, em linguagem familiar e compreensível, o significado do clamor internacional contra este e outros tiranetes.

Envergonha o povo brasileiro o apoio explícito ou discreto que, nos últimos anos, em nosso nome, o governo federal vem oferecendo a ditadores de diferentes regiões do planeta.

Da Coluna do Senador de MG, Aécio Neves - Folha de Sao Paulo

segunda-feira, 31 de outubro de 2011

A travessia, ainda

Nesta semana, chegou ao circuito nacional de cinema o filme "Tancredo - A Travessia", que completa a trilogia do documentarista Silvio Tendler, cujo olhar já havia percorrido os densos anos JK e Jango.
Como nos trabalhos anteriores, o cineasta permite a diferentes gerações de brasileiros a oportunidade de visitarmos nossa própria história. Pelas imagens, descortina-se um país surpreendente, distante do Brasil do nosso tempo em um aspecto fundamental: a nítida aliança então existente entre a política e a sociedade.
Se não há como comparar um momento ao outro, pois cada um tem as suas próprias circunstâncias, é inevitável nos remetermos ao crescente divórcio existente hoje entre a política e os cidadãos. Denúncias seguidas e repetidas de corrupção e impunidade cansam o país e anestesiam parte da população, para quem a política passa a ser irremediavelmente território da má intenção e do malfeito. O noticiário político se confunde com o policial. Com o anedotário. Esse fenômeno se dá de tal forma que nem mesmo as oposições têm o que comemorar. A decepção, o distanciamento e a indiferença da população atingem a legitimidade da representação política como um todo. Cada vez mais, perdemos a confiança da população e banaliza-se a injusta idéia de que todos na política são iguais.
Em qualquer lugar, um governo que em dez meses é obrigado a demitir cinco ministros de Estado por suspeitas de corrupção seria obrigado a ir além das cândidas justificativas do tipo "eu não sabia". É hora de mudar o paradigma, sobretudo a natureza da política de coalizão que, em troca de apoio congressual, cede à apropriação dos partidos e seus próceres extensas áreas da administração pública. É preciso apurar com rigor os desvios, punir os responsáveis e sustentar a autonomia das áreas de controle (principalmente as auditorias preventivas) para que não tenham mero papel decorativo e sejam instadas a agir só quando há denúncia na imprensa.
É urgente o caminho da profissionalização do serviço público e um corajoso ajuste no tamanho da máquina política incrustada na máquina administrativa, adequando-a aos limites praticados em outros países, infinitamente mais modestos do que aqueles vigentes aqui. O país precisa e deseja uma legislação mais rigorosa, com dinâmica mais ágil e punições mais severas.
O filme de Silvio oferece, sobretudo aos desiludidos com a política, um inestimável presente: memória.
No caso, a memória de um tempo, nem tão distante, em que a ação das lideranças políticas era um tributo à ética, à dignidade e ao comprometimento com o Brasil. Memória de um tempo em que elas sabiam ouvir as ruas. E a própria consciência.

trecho extraído da Coluna do Senador AÉCIO NEVES (PSDB-MG) em sua coluna na Folha de SP.

segunda-feira, 24 de outubro de 2011

Jornal Valor Econômico afirma que cidades mineradoras terão maior ganho com proposta de Aécio Neves para royalties dos minérios.










A perspectiva de aumento do pagamento de royalties pelas empresas que exploram minério de ferro movimenta a cidade de Itabira, onde a Vale teve sua primeira mina. Este ano até setembro, o município recolheu R$ 220 milhões em impostos, sendo que R$ 52 milhões vieram da Compensação Financeira pela Exploração de Recursos Minerais (CFEM).
O governo federal propõe que a contribuição passe ser 4% da receita bruta das empresas em vez dos atuais 2% da receita líquida. Se isso ocorresse já no próximo ano, a cidade receberia R$ 180 milhões, pela conta do secretário da Fazenda, Marcos Alvarenga.




Se prevalecer a proposta do senador Aécio Neves (PSDB-MG), seriam cerca de R$ 200 milhões.




Fonte: Jornal Valor Econômico

Inacreditável: PT fica de novo contra Minas nos royalties do petróleo.






O PT arranjou um outro jeito de ficar contra Minas, agora no royalty do petróleo. Conheça o assunto:


Existiam duas propostas sobre os royalties do petróleo em votação no Senado.A primeira, de iniciativa do senador Dorneles, previa que a União abrisse mão de uma maior parcela de recursos dos royalties do petróleo em favor dos estados não produtores.


O PSDB e o DEM votaram a favor dessa proposta, em defesa da Federação e por considerar que há uma excessiva concentração de receitas na mão da união.Além disso, apoiaram essa iniciativa porque ela dava mais recursos aos estados não produtores: cerca de R$ 11 bilhões.Venceu a outra proposta apoiada pelo PT que concentra os recursos nas mãos da União e repassa aos estados não produtores apenas cerca de R$ 9 bilhões.Ou seja, Minas, assim como os outros estados não produtores e produtores, vão receber menos recursos. Mais uma vez, graças ao PT.




Mato Grosso do Sul por sua vez, tambem acredita que esta proposta prejudica os Estados não produtores devido a esta decisao engedrada pelo PT e seus partidos aliados que apenas pensaram na União, esquecendo dos estados federados.

segunda-feira, 17 de outubro de 2011

Secretario de RI da JPSDB garante participaçao da JSD de Portugal em Congresso da Juventude Tucana






Anderson Barão, Secretario Nacional de Relações Internacionais da JPSDB e Secretario-Geral da JPSDB-MS, esteve em conversa com o Diretor de Relações Internacionais da JSD (Juventude Social Democrata) de Portugal, João Paulo Meirelles, que se disse motivado para vir conhecer o Brasil e trocar experiências, João Paulo vira acompanhando o Presidente da JSD, Duarte Marques que também e Deputado no Parlamento Europeu.



O Congresso da JPSDB esta previsto para acontecer em Dezembro em Goiás.



Breve mais informações aqui no blog.

segunda-feira, 12 de setembro de 2011

JPSDB-MS amplia seus quadros no interior do Estado.

Diretoria Provisoria da JPSDB de Iguatemi com representantes da JPSDB-MS


No ultimo dia 10 de Setembro, Thiago Freitas (Presidente da JPSDB-MS) e Anderson Ribeiro (Secretário-Geral da JPSDB-MS) estiveram em visita a Iguatemi, onde formaram o Secretariado provisório da Juventude tucana naquela cidade.
A Reunião foi realizada na casa do Prefeito Zé Roberto, que recebeu os jovens para uma manha de conversas, debates e filiações, encerrando o evento com um almoço onde todos os presentes puderam confraternizar e trocar experiências.
O evento contou com a participação de dezenas de jovens da cidade, interessados em conhecer a JPSDB e suas ações, onde tambem puderam conhecer o Deputadfo Estadual Marcio monteiro que participou do evento.
 
Iguatemi ao formar a Juventude avança para a construção de um PSDB forte e preparado para as eleições de 2012.
A JPSDB-MS continua seu roteiro de viagens e em breve postaremos os próximos destinos!

sexta-feira, 2 de setembro de 2011

Secretário-Geral da JPSDB-MS participa de seminário no Rio Grande do Sul



Marcello Richa, Micheli Petry e Anderson Ribeiro


Anderson Ribeiro, Secretario-Geral da JPSDB-MS e Diretor nacional de Relações Internacionais da JPSDB participou como palestrante do Seminário de Juventude realizado no ultimo dia 27 de Agosto em Porto Alegre pela JPSDB-RS na Assembleia Legislativa do Estado do Rio grande do Sul, contando com a presença de jovens de todo o estado e participantes convidados como Bruno Negri, Secretario-Geral da JPSDB-SC e Marcello Richa, Presidente Nacional da JPSDB.


A Presidente da JPSDB-RS, Micheli Petry ressaltou a importância de eventos como este que aproximam os jovens tucanos e os preparam para as eleições de 2012, onde muitos sairão candidatos em suas cidades.


Com o tema "Orgulho em ser tucano" Anderson falou sobre a importância do partido no contexto nacional, sobre as vantagens de ser da JPSDB e sobre a historia de grandes nomes como Mário Covas e FHC, tudo de forma bem humorada e com conteúdo. Outras palestras também abrilhantaram o evento falando de politica, marketing politico e os avanços do PSDB enquanto governo no Estado do RS e no Brasil.


Marcello Richa falou sobre os desafios da juventude para os próximos anos e sua importância dentro do partido. Encerrando o evento, foi realizada uma festa no Bar "Café moinhos" onde todos os presentes puderam participar e confraternizar ao final do dia.